sábado, 29 de setembro de 2007

Pressentimentos

Por que esse tipo de coisa tem que acontecer?

Por que me sinto assim?

De que vale todo esse sofrimento?

De que vale todo o amor, toda devoção,

Toda dedicação, toda submissão?

De que vale te mostrar que estou disposta a tudo

Se você nem ao menos se importa?

De que me adianta superar limites, me esforçar ao Maximo?

De que me adianta acabar comigo mesma somente para satisfazer suas vontades?

De que me adianta dar-lhe tudo o que quer se nem ao menos podes me ouvir?

Será que não podes ver que estou doente?

Que estou morrendo por dentro aos poucos?

Será que não podes ver que às vezes a única coisa de que necessito

É de um carinho? De um abraço? De uma palavra amável?

Não, não podes ver...

Para mim de ti somente palavras duras, pedidos insanos,

Ouvir suas reclamações e satisfazer suas vontades.

Não percebestes ainda, mas está me perdendo aos poucos...

Já não tenho mais alma... A vendi para satisfazer seus desejos,

Já não tenho mais energia... A gastei para lhe dar o que me pediu,

Já não tenho mais nem a mim mesma...

Por que me dei a você...

Sou sua, mas você não cuida de mim...

Então essa "flor" que está em suas mãos está murchando...

E está prestes a morrer.

sábado, 22 de setembro de 2007

Apocalipse

Minha divinatória Arte ultrapassa
Os séculos efêmeros e nota
Diminuição dinâmica, derrota
Na atual força, integérrima, da Massa.

É a subversão universal que ameaça
A Natureza, e, em noite aziaga e ignota,
Destrói a ebulição que a água alvorota
E põe todos os astros na desgraça!

São despedaçamentos, derrubadas,
Federações sidéricas quebradas...
E eu só, o último a ser, pelo orbe adiante,

Espião da cataclísmica surpresa,
A única luz tragicamente acesa
Na universalidade agonizante!