domingo, 19 de abril de 2009

Ode aos amigos.

" Brindo a casa,
brindo a vida,
meus amores,
minha familia..."

Acho que nesse trecho da música do Rappa, está faltando um brinde aos amigos.
Aqueles que nos momentos mais necessários estão ali, prontos a oferecer a mão amiga, o ombro, o abraço e o carinho.
Aqueles amigos, que nos acompanham, que assistem o nosso crescimento, que torcem por nós.
Aqueles que ficam felizes quando nos "damos bem" e que choram ao nosso lado quando as coisas vão mal.
Aqueles que assistem as nossas vitórias e derrotas, mas não como meros espectadores e sim como participantes ativos da nossa história.

Esses dias para trás vi um momento desses.
Duas amigas de muito tempo, comemorando o sucesso de uma.
Comemorando o chegar de um momento tão esperado.
A Vitória.


Amigos irmãos.
Aqueles que sempre têm um abraço, um afago e uma palavra carinhosa.
Sempre tem um sorriso, um beijo e uma surpresa.


A todos os meus amigos:
Amo vocês!!

"Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito,
dentro do coração..."




quinta-feira, 9 de abril de 2009

Para minha amiga Domme Malvada

Minha querida amiga Domme Malvada, gosta de cornos.
Ela me mandou esse conto de Nelson Rodrigues.
Então minha amiga e parceira em sua homenagem
.



Nelson Rodrigues


Lua de Mel

Seguindo a sugestão do sogro, de não quis investigar as causas da mudança da esposa.
Tratou de extrair o máximo possível da situação, tanto mais que passara a viver num regime de lua-de-mel.
Dias depois, porém, recebe uma minuciosíssima carta anónima, com dados, nomes, endereços, duma imensa verosimilhança.
O missivista desconhecido começava assim: "Tua mulher e o Cunha...". O Cunha era, talvez, o seu maior amigo e jantava três vezes por semana ou, no mínimo, duas, com o casal.
A carta anónima dava até o número do edifício e o andar do apartamento em Copacabana onde os amantes se encontravam.
Filadelfo lê aquilo, relê e rasga, em mil pedacinhos, o papel indecoroso.
Pensa no Cunha, que é solteiro, simpático, quase bonito e tem bons dentes.
Uma conclusão se impõe: sua felicidade conjugal, na última fase, é feita á base do Cunha.
Filadelfo continuou sua vida, sem se dar por achado, tanto mais que Jupira revivia, agora, os momentos áureos da lua-de-mel.
Certa vez jantavam os três, quando cai o guardanapo de Filadelfo.
Este abaixa-se para apanhar e vê, insofismavelmente, debaixo da mesa, os pés da mulher e do Cunha,
numa fusão nupcial, uns por cima dos outros.
Passa-se o tempo e Filadelfo recebe a noticia: o Cunha ficara noivo!
Vai para casa, preocupadíssimo. E, lá, encontra a mulher de bruços, na cama, aos soluços.
Num desespero obtuso, ela diz e repete:
- Eu quero morrer! Eu quero morrer!
Filadelfo olhou só: não fez nenhum comentário.
Vai numa gaveta, apanha o revólver e sai á procura do outro. Quando o encontra, cria o dilema:
- Ou você desmancha esse noivado ou dou-lhe um tiro na boca, seu cachorro!
No dia seguinte, o apavorado Cunha escreve uma carta ao futuro sogro, dando o dito por não dito.
Á noite, comparecia, escabreado, para jantar com o casal. E, então, á mesa, Filadelfo vira-se para o amigo e decide:
- Você, agora, vem jantar aqui todas as noites!
Quando o Cunha saiu, passada a meia-noite, Jupira atira-se nos braços do marido:
- Você é um amor!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mudanças Parte III

A Terceira parte de um Relacionamento de Duas

É engraçado como as coisas são...

Do nada você conhece uma pessoa, tão parecida com você mesma que você até se assusta.
Pensamentos, manias, vontades, comportamento...
Tudo igual mesmo.

E acontece o laço.
E o laço cresce, se fortalece.
E ela se torna a amiga.

E chega aquela vontade.
De ter muito mais que amizade.

E a vontade se torna desejo.
Um desejo difícil de realizar.
Por que ela está presa, presa a um laço, a uma coleira.
Coleira que já não dá mais gosto, prazer.
Coleira que se torna sinônimo de lágrimas e sofrimento.
E ela sofre, chora.
E de repente a cegueira do Outro torna o desejo possível.
E ela agora é a menina, a irmã.

E o laço vai só aumentando.
O sentimento vai crescendo.
As saudades se tornam cada vez maiores.
A separação se torna difícil, quase impossível.

E vem a briga, a dor.
E ela se torna o ombro amigo, a voz reconfortadora.
Se torna o abrigo nas horas ruins.
Se torna o porto seguro.

E o bichinho manso se transforma em fera, capaz de tudo para proteger o o objeto de desejo e afeição.

E a separação acaba.
E os dias se tornam mais coloridos.
O sono se torna mais reparador.

Os braços são outros?
Sim, são.
Mais confortáveis, mais compreensivos, mais protetores.

E como não se apaixonar?
Como não amar o mais belo de todos os Diamantes?


domingo, 5 de abril de 2009

Desejos...

Desejos...

Fortes, intensos, avassaladores...
Um caminhar lento, lascivo até mesmo indecoroso...

Cheio de desejo, paixão, saudade...

Os olhos que brilham como diamantes...
Meus diamantes...

Linda, apaixonante, avassaladora...

Seus desejos me atravessam como
pequenos choques elétricos...
Percorrem o meu corpo...
Me arrepiando a pele...
Me fazendo gemer...

Seus desejos...
Meus desejos...
Minha vontade...
Suas vontades...

Únicas,
Juntas,
Amarradas...

Pérolas e Diamantes,
que se enroscam,
entrosam,
e afagam.

Desejos,
Anseios,
Apelos...

Seus, Meus...
Nossos...

Desejos...
Seus...
Meus...
Nossos.