segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Futuro

Eis o começo das trevas,
Eis o abismo amigo antigo,
Vejo o começo das eras,
De dentro do meu abrigo.

Sinto o desespero solene
Entre afagos de carinho
Vejo a esperança perene
Em quem percorre o caminho

Nessa escuridão profunda
Sinto o frio ao meu redor
E um medo estranho me inunda

E se em meio a esse furor
Eu sair dessa poça imunda
verei a vida assaz melhor."

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Lembranças

Ó noite tenebrosa,
venha e traga a companheira solidão.
Ó noite venturosa,
que chega como prostituta luxuriosa
que tenta em vão acalmar meu coração.
Vem e apague essa lembrança pérfida
desse corpo que tanto me persegue.
Vem e apague essa lembrança eterna
desse sorriso tão perene.
Que jaz entre cinzas apagadas
nesse túmulo tão recente.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Sentimentos

Solidão que me corrói a alma.

Solidão que destrói tudo de bom que há em mim.

Tristeza infinita que tem um sabor amargo.

Sabor amargo da derrota.

Tristeza em saber que falhei e não pude evitar nem tentar mudar isso.

Tristeza em saber que estou ferida e magoada e você nem se importa com isso.

Depressão que vem do fundo da alma.

Fúria por saber que não posso lutar contra ela.

Depressão que me consome aos poucos,

Que me abala que me destrói.

Mágoa que mata meu coração, que banaliza meu amor e o transforma em nada.

Amor que sinto desde muito tempo, que não sei explicar como nasceu.

Amor que me transforma, mas que me magoa por que nunca é recíproco.

Amor que me deixa submissa, sem vontade, sem ação.

Amor que se transforma em ódio às vezes.

Ódio que não consigo expressar e que me deixa doente.

Ódio que tem a mesma intensidade e o mesmo tamanho do amor.

Vontades... Absurdas, sem sentido e sem propósito...

Desejos por coisas que não fazem nada bem, mas que talvez aliviassem a dor.

Vontade de morrer, de sumir, desaparecer da face da terra.

Vontade de esquecer que existo esquecer que nesse peito bate um coração que ama.

Desejo de não mais ter que abrir os olhos outra manhã.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Pessoas

Eis o Cavaleiro de Açores,
que leva vida incerta.
Portador dos mais terríveis temores,
mas que sempre, tem certeza concreta.

Eis o Nômade Poeta,
colecionador de incontestáveis amores.
Mas que possui amada eterna,
dono e senhor de muitos penhores.

Eis a Princesa Escarlate,
sentada aos portões da cidade,
chorando por amor perdido.

Eis um coração iludido,
que sempre está a espera,
e que bate no peito da Cortesã Sincera.