sábado, 24 de julho de 2010

Jen Titus - Death

Acho que todos sabem que eu simplesmente adoro Supernatural... Essa
música aparece em um dos últimos episódios... Quando Dean Winchester, encara frente a frente
o 4º Cavaleiro do Apocalipse... Ninguém menos que ela...



O Death

O death
O death
O death
Won't you spare me over another year?
But what is this I can't see
Witch ice cold hands taking hold of me?
When God is gone and the Devil takes hold
Who'll have mercy on your soul?
O death
O death
O death
O death
No wealth, no ruin, no silver, no gold
Nothing satisfies me but your soul
O death
Well I am death, no one can exel
I'll open the door to Heaven or Hell
O death
O death
My name is death and the end is here

O Death

Ó morte
Ó morte
Ó morte
Porque não me poupas só mais um ano?
Mas o que é isto que não consigo ver
Com mãos frias como gelo a envolver-me?
Quando Deus desaparece e o Diabo toma a poder
Quem terá piedade da tua alma?
Ó morte
Ó morte
Ó morte
Ó morte
Nem riqueza, nem ruína, nem prata, nem ouro
Nada me satisfaz a não ser a tua alma
Ó morte
Eu sou a morte, ninguém pode escapar
Abrirei a porta para o Céu ou o Inferno
Ó morte
Ó morte
O meu nome é morte e chegou o fim

O Diário


O Diário

Era uma vez uma menina que sempre teve certeza de ser o patinho feio, de ser a louca.

Ela sempre teve muitos amigos e era querida por eles. Sempre que alguém precisava de um conselho ou de um ombro amigo era a ela que chamavam. Ela sempre estava ali para todos... Mas nunca tinha reparado que ninguém estava para ela quando ela precisava.

Nem os amigos, nem a família.

Em casa sempre que precisava conversar com alguém, era sempre um tal de:

_Agora não menina, estou ocupada.

E as coisas que eram necessárias de serem faladas ficavam guardadas. Eram engolidas, deixadas de lado, mas não eram esquecidas.

Então a menina descobriu o diário... Ali ela poderia escrever tudo que lhe afligia, tudo que lhe incomodava mas nunca era ouvido. O diário era seu amigo, seu ombro... Nele ela escrevia todos os sentimentos, tudo que lhe acontecia.

E já que ela tinha o diário, ela não via necessidade de incomodar mais ninguém, ela não chamava mais, não dizia que queria conversar mais.

E agora que ela se mantinha sempre fechada, que se abria somente com seu Diário, a menina foi se tornando fria, reservada. Não comentava de sua vida pessoal com ninguém, não falava dos seus sentimentos. Continuou sendo o ombro de todos, a amiga ouvinte a conselheira...

Mas não tinha mais necessidade de procurar isso em alguém.

Começou a resolver seus problemas, suas dúvidas sozinha. Lidava com seus conflitos e suas emoções dentro do seu quarto, deitada em sua cama, com seu diário no colo. Mantinha longos diálogos consigo mesma – tudo mentalmente – e ali achava as soluções para os seus conflitos.

Quando não conseguia, e não compartilhava com ninguém, eles se refletiam em seu organismo.

Febres altas, inflamações de garganta, dores no joelho.

Era assim que seu corpo reagia aos problemas não resolvidos... E muitas vezes no auge da febre ela encontrava a solução para os seus problemas... E ali naquele momento, a febre cedia, a dor ia embora.

E ela ficava em paz novamente.

As pessoas ao seu redor não entendiam o porque de ela ser tão calada, tão na sua. O porque dela nunca falar de seus problemas, nunca abrir seu coração.

Um dia lhe perguntaram o porque dela ser, agir daquela forma.

_Por que você é tão calada? Por que você nunca fala dos seus problemas ou dos seus sentimentos?

_Por que não preciso. Tenho o meu diário e a minha mente. Meu diário escuta os meus problemas e conhece meus sentimentos. Dentro da minha cabeça eu resolvo os meus problemas. E os meus sentimentos, bem eles são confusos mas eu consigo resolve-los também quando é preciso. A minha maneira.

A pessoa que a indagou ficou sem entender muito bem, mas não tinha mais o que perguntar. Sabia que ela não diria mais nada e que ela era feliz daquela forma. Durante muito tempo a viu amuada, triste. Mas agora era diferente. Ela era a mesma de antes. Alegre, sorridente. A mesma boa amiga e companheira de sempre. A mesma que estava sempre ali disposta a escutar, a ajudar. Disposta a dar um abraço amigo e um ombro no qual chorar.

As vezes ela sentia falta de conversar com alguém. As vezes a mão doía de tanto escrever. E muitas vezes chorava enquanto escrevia. E somente o diário via suas lágrimas, somente suas páginas recebiam as lágrimas que lhe escorriam pelo rosto e lhe tiravam o ar.

Apenas seu travesseiro conhecia sua dor e sofrimento. E somente seu espelho via as olheiras da noite mal dormida tentando resolver os seus problemas.

Muitas vezes ela se perguntava se agir dessa maneira valia a pena. Se valia a pena ela guardar tudo somente para si.

E todas as vezes a resposta era a mesma. Sim, valia.

Valia porque ela sabia que as pessoas ao seu redor, jamais iriam lhe entender.

Elas não iriam entender sua forma de pensar, nem sua forma de sentir... Sua forma de amar. Sua frieza, sua falta de ciúmes, sua falta de expressar sentimentos. E a menina, agora já adulta, segue vivendo. Feliz.