domingo, 5 de setembro de 2010

Conto - Fome


Quando ele finalmente caiu em si, de que ela estava parada ali na sua frente, somente esperando pela resposta, ele ficou meio atordoado.

Não sabia o que responder a ela, não sabia o que dizer...

Pra ele ainda não fazia sentido o desejo que ela sentia o desejo por ele, melhor dizendo... Não fazia sentido que ela o quisesse tanto, que ela sentisse tudo que sentia.

Ela olhava para ele de soslaio, deitada na cama olhando a fumaça do cigarro subir em espirais... Esperava que ele tomasse a decisão de tirar sua calcinha e que afundasse seu rosto entre suas pernas, e só de pensar um leve arrepio de tesão percorria seu corpo e ela suspirava sem querer.

- O que foi? - Perguntou ele, vendo-a suspirar...

- Nada... Estou apenas esperando você agir...

- E eu estou esperando você terminar de fumar seu cigarro, não quero que se queime ou que queime o colchão. Risos...

- AH! É isso que está esperando? Porque não disse antes? Teria apagado...

- Não, gosto de ver você fumar, gosto de te observar enquanto você brinca com a fumaça do cigarro. Um dia ainda aprendo.

- Risos, é um dia, quem sabe, você aprende.

Enquanto falava isso, ela lentamente apagava o cigarro. Olhando para ele, simplesmente abriu as pernas... De roupa mesmo. Colocando lentamente a mão dentro das calças, roçou o dedo em sua vagina já molhada e o retirou, fez o gesto para que ele se aproximasse, e quando ele chegou bem perto simplesmente roçou o dedo impregnado com seu cheiro em seu nariz.

Ele respirou fundo e sentiu o cheiro que emanava do dedo dela...

Aquilo foi o suficiente para deixá-lo louco. Mesmo... Ele simplesmente avançou sobre ela e quase rasgou suas calças no desespero de retirá-las...

Ela sabia que aquilo iria funcionar e já esperava aquela reação dele... Ela sorria para ele, e até o ajudava a retirar suas roupas, já que ela não via à hora de te-lo entre suas pernas, tocando-a com sua língua molhada e ágil.

Quando ele finalmente começou a chupá-la, ela não conseguiu conter o gemido. Estava ansiando por aquilo, já havia até sonhado.

Não tinha como comparar o prazer que ela sentia quando ele a chupava daquela forma... Alternando velocidade e força, com delicadeza e lentidão... Quanto mais ele chupava, mais ela gemia e se contorcia e aquilo o deixava mais louco ainda.

Quando não agüentava mais ela simplesmente o puxou para cima. E envolvendo-o com as pernas o obrigou a penetrá-la...

Ao mesmo tempo ela mordiscava e apertava os mamilos dele, se demorando um pouco em cada um, sabia que ele gostava daquilo e que o deixava louco de tesão.

Ele não conseguia se controlar, se mexia dentro dela alucinadamente, aumentando cada vez mais o ritmo de acordo com os gemidos incontroláveis que tanto ele quanto ela emitiam.

Delirava ao sentir os dentes dela mordendo seus mamilos e puxando. Não conseguia manter sua boca longe do pescoço e seios dela... E ao mesmo tempo não queria que ela parasse de mordê-lo e beijá-lo.

Eles riam se beijavam e gemiam de forma descontrolada.

Ele olhava absorto para o rosto dela, gostava de observá-la se contorcer e gemer. Olhando mais atentamente percebeu que os gemidos dela haviam mudado que sua forma de se mexer havia mudado, começou a sentir os pêlos do corpo dela se eriçarem.

Viu quando os gemidos se transformaram em arfares e quando ela começou a tremer violentamente.

Começou a se mexer mais rapidamente, com mais força. Penetrava-a quase que com violência e se deliciava com os tremores do seu corpo.

Sentiu que ela estava prestes a gozar, viu quando ela simplesmente arqueou o corpo para cima, sentiu o corpo dela estremecer e ouviu seus gritos de prazer.

Não conseguiu conter seu próprio orgasmo, que foi tão intenso – talvez até violento – quanto o dela.

Deixou-se cair ao lado dela, e quando se virou para ela, encontrou um sorriso iluminado circulado por lágrimas que ele sabia que não eram de tristeza, nem de dor.

Olhava extasiado para os olhos brilhantes dela.

- Obrigada. Foi realmente maravilhoso.

- Posso dizer o mesmo, faz tempo que não tenho um orgasmo tão intenso quanto este.

- Pois é né? São coisas que só uma Ruiva pode fazer por você. - Ela disse se aninhando no peito dele e beijando levemente seu pescoço.

- Com certeza, são coisas que só uma Ruiva linda e fantástica pode fazer por mim.

E dando-lhe um apaixonado beijo, aninhou-a em seu peito e juntos desfrutaram de uma noite calma e serena.


Um comentário:

Fetisch Meister disse...

O melhor é que isto parece algo que se repetiu, e se repetiu, e se repetiu...